sábado, 27 de fevereiro de 2010

¨¨Amizade¨¨


Hoje eu acordei em um daqueles dias de confusão que, aliás, para mim são muito comuns. Não é que eu esteja mal, é só que eu tinha tantas ideias que acabei ficando sem nenhuma, quer dizer, quando tem muita coisa ao mesmo tempo na minha cabeça fico meio cofusa e acabo me perdendo, assim sendo, esqueci tudo o que eu ía postar aqui [e provavelmente não era nada muito bom mesmo]. Na falta do que escrever resolvi mandar um recado no Orkut para uma amiga. Acabei não mandando o recado porque simplesmente resolvi falar sobre ela, ou sobre mim, ou sobre nós duas, sei lá.
Bem, vamos lá...
O nome da mocinha é Laís, também chamada de Kieling. Nós nos conhecemos em 2003, mas não éramos amigas, pelo contrário, eu nem ía muito com a cara dela. Apenas tínhamos um amigo em comum, [o Johnny], nada além disso. Em 2004 ficamos na mesma sala de aula. Foi ali que ficamos amigas, logo no primeiro dia.
Naquele dia eu encontrei a melhor amiga que alguém poderia encontrar. Aliás, fora a minha mãe, ela é a única pessoa em quem eu confio até de olhos fechados, o que é uma grande coisa porque, geralmente, eu não confio nas pessoas, sempre tenho meus dois pés bem atrás. Em 2005 estudamos juntas de novo e ficamos mais unidas do que nunca.
A gente ja fez um monte de coisas juntas, já passams por várias situações [boas e ruins], já moramos meio longe, choramos, rimos, cantamos [no meio da rua], e apesar de a gente não se ver todos os dias como na época da escola, ela continua sendo a melhor das melhores amigas. Sobre termos chorado juntas, sim, o choro era por causa de rapazes [horrendos, hoje eu consigo ver]. Ela adorava o André, que basicamente falando era o cão chupando manga, e eu adorava o Jefrey, [nome do mordomo de 'um maluco no pedaço', não é???], que basicamente falando, era o cão chupando limão, o que é bem pior do que o cão chupando manga, e isso sem falar que tinha um nariz que lhe permitia fumar um charuto cubano tranquilamente em um temporal. Hoje eu percebo como nos duas tínhamos um gosto horrendo, mas tudo bem, éramos adolescentes e portanto merecemos um desconto. Superamos, a final de contas, adolescentes sempre superam tudo e hoje somos mais do que adolescentes apaixonainhas. Aliás, ela hoje tem um  namorado, e eu tenho um ex-namorado, mas ele pode voltar a ser atual né, tudo depende só da força a nossa mente somada ao destino e todas as promessas que fiz para 11 santos diferentes.
Nessa época nós também tínhamos aquele sonho de mudar o mundo, assassinar o Bush, ela queria ser piloto da aeronáutica e eu queria trabalhar no New York Times [queria ou quero???]. Também pagamos alguns micos juntas. Um dia ficamos cantando no meio da rua, cantando fresno, o que é bem pior ainda. Encarávamos juntas horas e horas esperando nossa dentista ter a boa vontade de nos atender, atravessávamos um mato pra sentar do outro lado e ver o pôr-do-sol, dançamos em cima de uns canos de concreto da prefeitura [nem tentem entender isso]... Olhamos Madrugada dos Mortos umas 500 mil vezes e quase morríamos de rir, porque o filme é muito besta né, com certeza nós sobreviveríamos de aqueles zumbis aparecessem por aí.
Mudamos, porque há uns anos atrás ela não se preocupava em fazer unha, dizia que jamais ficaria loira e jamais usaria aquele roupinhas de menininhas, a final de contas ela odiava patricinhas, e tamém não gostava de rosa. Mas, e sempre tem um mas, o mundo gira, o tempo passa e as pessoas mudam. Hoje ela é loira, ama rosa e faz todas as coisa que disse que jamais faria. É, as pessoas mudam, e ela mudou pra melhor, é bem verdade. Eu também mudei, e muito, mas não vamos falar de mim...
Passamos por alguns momentos ruins, falamos coisas que só falaríamos uma para a outra.
Enfim, não adianta eu ficar aqui usando um monte de palavras porque nada que eu diga vai servir pra explicar o quanto eu sou feliz pelo destino ter colocado a Laís no meu caminho. Nossa amizade é uma das coisas que eu mais prezo nessa vida, uma das coisas mais importantes que eu adquiri com o tempo, e é só isso que importa, porque no fim da vida, quando tudo se acabar [e mais cedo ou mais tarde a morte sempre dá as caras e ninguém escapa], só o que fica é o que a gente foi, o que a gente viveu, as lembranças que as pessoas vão ter de nós, e é por isso que a gente tem que fazer e dizer enquanto tem tempo o quanto as pessoas são importantes, a final de contas, depois que a gente se for, ou depois que as pessoas que a gente gosta se forem, nada mais vai poder ser feito.
Assim sendo, só me resta dizer que eu te adoro minha amiga, e que nossa amizade vai durar pra sempre, e que não importa o que aconteça, as pessoas que eu conheça, as voltas que o mundo vai dar, nossa amizade vai ultrapassar tudo, talvez até a morte, porque eu não acredito que a vida acabe quando o coração para de bater, e se existir mesmo alguma coisa depois que a gente para de respirar, essa amizade vai me acompanhar nesse depois!!!


***beijos gente***

§ Até o próximo post, que será sobre o cheiro da morte [porque a morte tem cheiro, mas isso vocês já sabiam né???] Essa semana eu senti o cheiro da morte [não, ninguém morreu], mas isso é assunto para um próximo post. §

P.s.: Estou tentando fazer comentários nos blogs mas não estou conseguindo porque esse maldito computador tem vontade própria, e ele e odeia. Ninguém merece isso.



2 comentários:

  1. Que bom que vc tem uma amizade assim!!!

    Beijos

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  2. Oi, Édna!

    Sabe que não dou muita sorte em preservar amigos? A distância acaba atrapalhando de verdade, as minhas amizades. =\

    Que bom que a de vocês permanece, apesar das mudanças. Ser amigo também é ser compreensivo, né?

    Beijo, beijo.

    ℓυηα

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